Ex-ajudante de ordens do governo Bolsonaro assinou delação premiada.
Na última quinta-feira (21/11), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, durante seu governo, prestou esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal. Mauro Cid respondeu questionamentos e confirmou, ao STF, que o ex-presidente tinha conhecimento dos planos de golpe de Estado.
O assunto veio à tona durante a quinta-feira, após a conclusão da Polícia Federal sobre as investigações. O inquérito foi encerrado com o indiciamento de mais de 30 pessoas, inclusive o próprio ex-presidente.
Segundo as informações, Mauro Cid foi questionado para esclarecer contradições encontradas entre as investigações da Polícia Federal e a delação. De acordo com apurações do Metrópoles, Cid foi questionado sobre as investigações que levaram a ação da última terça-feira (19/11), com as prisões envolvidas no caso “kids preto”.
A ação da PF naquele dia foi sobre descobertas sobre um plano de execução contra Alexandre de Moraes (ministro do STF), Luis Inácio ‘Lula’ da Silva (presidente) e Geraldo Alckmin (vice-presidente).
Apesar do que apurou o portal, a defesa de Mauro Cid se manifestou e negou que o cliente tenha confirmado a informação de que Bolsonaro sabia dos planos de assassinato. Cezar Bittencourt, advogado de Cid, afirmou que o cliente “deu a satisfação e complementação repetindo as mesmas coisas que ele tinha dito”, durante sessão no STF.
Já a advogada Vania Adorno Bitencourt, filha do advogado, informou ao Metrópoles que Mauro Cid teria confirmado apenas que Bolsonaro sabia do plano de golpe de estado, sem informações sobre os planos de execução.