Para a Polícia Federal, Bolsonaro era ‘líder da organização criminosa’ que tramou golpe

Relatório tem quase 900 páginas e foi concluído nesta semana.

O relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito que investigou a tentativa de golpe de estado, segundo informações, teve quase 900 páginas. O documento foi encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal), que encaminhou à PGR (Procuradoria Geral da República).

No relatório, a Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou como líder do grupo que elaborou o plano que tentaria manter o ex-presidente no poder – ao todo, 37 pessoas foram indiciadas.

Para a Polícia Federal, não restam dúvidas de que Bolsonaro esteve envolvido em todos os pontos do esquema, o que foi classificado como “nucleos”, sendo eles:

  1. Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
  2. Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
  3. Núcleo Jurídico;
  4. Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
  5. Núcleo de Inteligência Paralela;
  6. Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas

Apesar de apontar que Bolsonaro atuou em todos os núcleos do esquema, a PF reforça que o ex-presidente atuava com mais foco nos esforços de desinformação e ataques ao sistema eleitoral brasileiro. As informações foram obtidas pela CNN.

Segundo as investigações, parte do plano para manter o ex-presidente no poder incluía o assassinato de autoridades do estado, que seriam o ministro Alexandre de Moraes, Lula, que havia acabado de ser eleito como presidente, e Geraldo Alckmin, vice de Lula.

O relatório agora segue para a PGR, que deve decidir se vai prestar denuncia contra Bolsonaro e os demais indiciados, ou não. Caso sejam denunciados, o grupo se torna réu  e o processo passa a correr no STF.