Várias vítimas estão em estado grave, o ônibus partiu de Goiás com destino a São Paulo.
Um grave acidente envolvendo um ônibus com 53 passageiros na rodovia MG-223, entre os municípios de Araguari e Tupaciguara, ambos localizados no Triângulo Mineiro, gerou uma cena de devastação e mobilizou intensamente as equipes de resgate nesta terça-feira (8).
O veículo, que seguia de Anápolis (GO) para São Paulo (SP), capotou por volta das 3h40 da madrugada, deixando ao menos 11 mortos e 36 feridos, conforme informações confirmadas por autoridades locais e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Tragédias como essa reforçam os riscos do transporte rodoviário e a necessidade urgente de políticas que aumentem a segurança dos passageiros. O acidente ocorreu em um trecho conhecido por sua periculosidade, nas imediações de Araguari.
Relatos indicam que o motorista, que saiu ileso, perdeu o controle do ônibus, o qual tombou na pista após sair da estrada. Entre as vítimas fatais, duas crianças de 2 e 4 anos foram encontradas presas às ferragens.
De acordo com um médico do Samu, muitos passageiros apresentaram lesões graves, como fraturas expostas, arrancamento de cabelo e, em pelo menos um caso, amputação de membro.
A suspeita é de que boa parte das vítimas não utilizava cinto de segurança no momento do acidente, o que contribuiu para o alto número de passageiros arremessados para fora do veículo.
“Quando chegamos no local, o Corpo de Bombeiros já estava realizando os primeiros atendimentos. A partir de então determinamos os protocolos que seriam seguidos. Pudemos identificar que, como o ônibus tombou e continuou sendo arrastado pela rodovia, muitos ficaram com fraturas expostas nos braços, outros tiveram os cabelos arrancados (escalpelamento) e uma pessoa teve uma amputação de braço. As crianças que não resistiram ao acidente estavam encarceradas”, disse o médico Adriano Barra Della Torres.
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O atendimento emergencial foi dividido entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguari, que recebeu 17 feridos, e o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), que acolheu pelo menos sete pacientes, cinco deles em estado grave.
Uma das vítimas hospitalizadas é uma gestante, cujo quadro inspira cuidados devido ao risco de perda fetal. Outras 18 pessoas com ferimentos leves recusaram atendimento médico, segundo os bombeiros.
Enquanto as causas exatas do acidente ainda são investigadas, a comoção toma conta da comunidade e reforça o debate sobre medidas preventivas em transportes intermunicipais, como o uso obrigatório e monitorado do cinto de segurança.
Além disso, a tragédia reacende discussões sobre a fiscalização de empresas de transporte e a importância de melhorias em infraestrutura viária para evitar novos episódios como esse.