Como assim? Após escapar das mãos de pesquisador pinguim derruba helicóptero

O caso viralizou e chamou a atenção de todo o mundo.

Um episódio inusitado envolvendo um animal silvestre foi apontado como a principal causa de um acidente de helicóptero na África do Sul, ocorrido em janeiro deste ano.

O incidente, investigado pela autoridade de aviação civil sul-africana, teve como cenário a Bird Island, localizada na província de Cabo Oriental, uma área reconhecida por sua rica biodiversidade e por abrigar colônias de pinguins.

O relatório oficial, divulgado nesta terça-feira, revelou que o acidente foi provocado por um pinguim que estava sendo transportado a bordo da aeronave. Segundo o documento, o helicóptero do modelo Robinson R44 Raven II levava quatro ocupantes.

Entre os passageiros estava um pesquisador responsável pelo transporte do animal, que estava acondicionado em uma caixa de papelão posicionada sobre seu colo. No momento da decolagem, quando a aeronave já se encontrava a aproximadamente 15 metros de altura, a caixa escorregou inesperadamente.

Na queda, ela atingiu a alavanca cíclica, um dos controles cruciais do helicóptero, cuja função é alterar a inclinação do rotor principal, afetando diretamente a direção e o equilíbrio do voo.

Com o impacto na alavanca, o helicóptero perdeu a estabilidade e tombou bruscamente para a direita. O piloto, apesar da tentativa de retomar o controle, não conseguiu evitar a colisão com o solo.

As pás do rotor tocaram o chão, e a aeronave acabou caindo cerca de 20 metros do ponto inicial de decolagem. Apesar da gravidade da situação e do impacto, todos os ocupantes, incluindo o pinguim, escaparam sem ferimentos.

O acidente chama atenção para os riscos associados ao transporte de animais silvestres em aeronaves de pequeno porte, especialmente quando medidas de segurança específicas não são adotadas.

A presença de seres vivos soltos ou mal acondicionados durante o voo pode comprometer o funcionamento dos controles e colocar em risco a integridade dos ocupantes e da própria missão. O caso também ressalta a importância de protocolos mais rigorosos em operações que envolvem a fauna em áreas de preservação.