O ex-presidente pediu orações antes de ser transferido para Brasília.
Nos últimos anos, complicações de saúde decorrentes de eventos traumáticos têm exigido atenção médica contínua de figuras públicas, especialmente quando se trata de consequências duradouras de intervenções cirúrgicas complexas.
Em casos de lesões abdominais graves, é comum o surgimento de obstruções intestinais, que podem se agravar com o tempo e demandar procedimentos adicionais. Situações assim não apenas desafiam a medicina, mas também geram intensa atenção pública e política.
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, enfrenta uma nova etapa dessa trajetória médica. Após ser internado em Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, com fortes dores abdominais.
Os exames realizados na unidade hospitalar de Natal, apontaram a permanência de pontos de interrupção no trânsito intestinal, condição que não respondeu adequadamente ao tratamento medicamentoso.
Como medida preventiva, ele será transferido a Brasília para uma possível intervenção cirúrgica, sendo esta decisão influenciada diretamente por familiares próximos, como sua esposa, que optou por não autorizar a ida do marido para São Paulo, mesmo com sugestões de aliados.
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O ex-mandatário deixou o hospital em Natal caminhando e seguiu em uma ambulância rumo ao avião que o transportaria em uma UTI aérea. O destino final foi o hospital DF Star, onde os médicos devem reavaliar a necessidade de cirurgia conforme a evolução do quadro.
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“Depois de tantos episódios semelhantes ao longo dos últimos anos, fui me acostumando com a dor e com o desconforto. Mas, desta vez, até os médicos se surpreenderam”, relatou Jair Bolsonaro.
“Foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida em 2018. Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia”, ressaltou o ex-presidente que aproveitou para pedir orações.
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Bolsonaro já passou por cinco cirurgias desde o ataque que sofreu em 2018 durante a campanha presidencial, e agora enfrenta o que considera ser a fase mais crítica desde então.
Além do impacto físico, o momento também coincide com um período delicado em sua trajetória política. Ele participou recentemente de eventos ligados à defesa de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Vale ressaltar que Bolsonaro se réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de agir para tentar permanecer no cargo após perder as eleições de 2022. A possível nova cirurgia traz à tona não só questões médicas, mas também a interseção entre saúde e política na vida do ex-presidente.