O caso está sob investigação.
O caso que chocou o país no final de 2024 ganhou um novo desdobramento com a morte de Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de envenenar um bolo que matou três pessoas da mesma família.
Ela foi encontrada sem vida dentro da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul, onde estava presa preventivamente por triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio. A principal hipótese é de que tenha tirado a própria vida.
De acordo com a Polícia Penal, durante a conferência matinal, os agentes encontraram Deise sem sinais vitais em sua cela, onde estava sozinha. Apesar das tentativas de socorro imediato, a morte foi confirmada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
As circunstâncias do óbito serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias. O crime que levou à prisão de Deise ocorreu na véspera de Natal de 2024, durante um encontro familiar em Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul.
O que deveria ser um momento de celebração acabou se transformando em tragédia quando seis pessoas consumiram um bolo contaminado com arsênio. Três delas – Neuza, Maida e Tatiana – não resistiram e faleceram em diferentes momentos, enquanto outras duas foram hospitalizadas em estado grave.
Apenas um dos presentes, Jefferson, marido de Neuza, não precisou de atendimento médico. As investigações apontaram que o veneno foi misturado à farinha utilizada no preparo do bolo.
O alimento teria sido feito para uma confraternização anterior entre amigas de Zeli dos Anjos, mas o encontro foi cancelado, levando a família a consumi-lo em outra ocasião. Com o agravamento do caso, a perícia foi acionada para analisar a casa onde o alimento foi feito e consumido.
Durante o avanço das investigações, a polícia exumou o corpo de Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em circunstâncias suspeitas. O laudo confirmou a presença de arsênio, fortalecendo a hipótese de que Deise já havia utilizado a mesma substância anteriormente.
Com isso, a polícia passou a investigar se a suspeita tentou envenenar outras pessoas próximas. A prisão de Deise ocorreu em 5 de janeiro de 2025, e desde então ela era mantida sob custódia.
Com sua morte dentro da unidade prisional, surgem novos questionamentos sobre o desfecho do caso e sobre possíveis informações que poderiam ter sido reveladas no decorrer do processo.
Enquanto as autoridades apuram os detalhes do ocorrido, a família das vítimas segue em luto por uma tragédia que abalou a comunidade e trouxe à tona um crime meticulosamente planejado e de extrema crueldade.