Ex-presidente sugere que sofre perseguição.
Ao longo dos últimos dias, a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos se tornou assunto no Brasil. Um dos grandes motivos disso é a tentativa de Bolsonaro em viajar para o país, a fim de participar da cerimônia.
O ex-presidente brasileiro não pode deixar o Brasil, desde que teve seu passaporte apreendido. Por isso, Bolsonaro precisou acionar a Justiça para tentar conseguir autorização de viajar, mas não conseguiu.
A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que já tinha sido o responsável por apreender o documento do ex-presidente. A apreensão se deu por consequências do inquérito do golpe, no qual Bolsonaro é um dos investigados.
Para a Justiça, existe o risco do ex-presidente fugir do país para evitar o julgamento. Por conta disso, o passaporte foi apreendido. No entanto, a decisão não agradou o ex-presidente, que criticou Moraes.
“Se eu estou tão culpado assim, se têm tanta certeza que eu queria dar um golpe, se eu sou tão ditador assim, por que não seguir o devido processo legal? Só um homem faz tudo. O inquérito foi dado para ele”, disse Bolsonaro, em entrevista à Veja.
Ainda na entrevista, o ex-presidente também citou seu desempenho nas urnas. Bolsonaro voltou a sugerir que é perseguido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal e defendeu sua relevância na política.
“Ninguém pode negar que tive, realmente, 58 milhões de votos. Ninguém pode negar que agreguei mais votos de lá para cá. Represento a direita no Brasil, e por que não dizer, a direita na América do Sul. É isso que eu represento”, afirmou.
Bolsonaro teve o passaporte apreendido em fevereiro de 2024, como resultado dos inquéritos já citados. O ex-presidente segue alegando que não participou de tentativa de golpe.