Buscas por estudante universitária que estava desaparecida têm desfecho trágico

O caso deixou a comunidade acadêmica comovida.

O corpo da estudante de biologia Camila de Almeida Neves, de 24 anos, foi localizado na tarde de quarta-feira (8), após sete dias de intensas buscas na Cachoeira do Santana, zona rural de São Carlos (SP).

Desaparecida desde 2 de janeiro, Camila foi encontrada presa a um tronco de árvore na água, cerca de 10 metros do local onde teria desaparecido. Infelizmente para a família da vítima o desfecho foi trágico.

Buscas intensas e resgate

Desde o desaparecimento, uma força-tarefa envolvendo Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal (GCM) e voluntários se empenhou na busca. Mergulhadores, cães farejadores e o helicóptero Águia da PM auxiliaram na operação.

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Fábio Rissato, o corpo foi localizado após a redução do fluxo de água na região, medida solicitada à CPFL. “Nós já tínhamos andado de 7 a 12 quilômetros distante de onde ela teria se afogado. E quando mergulhamos nós sentimos um pedaço de madeira e vimos que tinha alguma coisa ali. E em seguida vimos o corpo”, disse.

Detalhes do desaparecimento

Camila estava acompanhada do namorado, com quem mantinha um relacionamento há cerca de um mês. De acordo com o boletim de ocorrência, o casal foi à cachoeira para passar o dia. Durante o banho, ele chegou a gravar vídeos, mas perdeu Camila de vista. Ele comunicou o desaparecimento à polícia na quinta-feira (2).

A Polícia Civil apreendeu os celulares do casal e analisou imagens que mostram a jovem sendo arrastada pela correnteza, reforçando a hipótese de afogamento acidental. O delegado João Fernando Batista afirmou que, até o momento, não há indícios de crime.

Família e comunidade em luto

A família de Camila acompanhou as buscas com apreensão. Sua irmã descreveu o período de espera como “desesperador”. Voluntários que participaram das buscas relataram a dificuldade do trabalho devido ao terreno de difícil acesso e ao volume elevado do rio nos primeiros dias.

O corpo da estudante foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e será cremado em Piracicaba nesta quinta-feira (9). Laudos periciais ainda determinarão as circunstâncias exatas do acidente.

Uma perda marcante

Camila, que estudava biologia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), era apaixonada por arte e natureza, conforme amigos e familiares relataram. Sua morte comoveu a comunidade acadêmica e os moradores de São Carlos.

O caso ressalta a necessidade de cautela em áreas naturais e reforça a importância de medidas de segurança em locais turísticos. A tragédia deixa uma lição profunda sobre os riscos envolvidos em ambientes aquáticos e o impacto devastador de acidentes como esse.