Mãe faz triste desabafo sobre a relação ‘conturbada’ do líder religioso J.Neto com o filho que tirou a própria vida

A morte precoce do jovem gerou uma onda de comoção.

A morte de José Miguel Azevedo, de 15 anos, filho do cantor gospel J. Neto e de Rogéria Costa, trouxe à tona uma série de revelações e desabafos sobre a relação conturbada entre pai e filho.

Em entrevista à coluna Fábia Oliveira, Rogéria falou pela primeira vez sobre a tragédia e fez duras críticas ao comportamento do ex-companheiro, descrevendo a convivência marcada por conflitos e episódios dolorosos que, segundo ela, impactaram profundamente o adolescente.

Rogéria relatou que criou Miguel sozinha até o início deste ano, quando J. Neto se comprometeu a morar com a família em Guapimirim. A expectativa de uma relação mais próxima com o pai gerou ansiedade em Miguel, que passou a sofrer com sintomas de depressão ao longo do processo.

No entanto, a presença de J. Neto teria agravado a situação, já que, de acordo com Rogéria, ele consumia álcool frequentemente, gerando tensões dentro de casa. “Ele queria uma família feliz, mas não um pai bêbado”, desabafou ela, acrescentando que o adolescente buscava o carinho e a presença paterna, e não apenas o suporte financeiro.

A mãe também destacou um episódio ocorrido três dias antes da morte de Miguel, em que pai e filho teriam discutido, com J. Neto supostamente apontando o dedo para o adolescente.

Além disso, Rogéria criticou a postura do cantor durante o velório do filho, afirmando que J. Neto permaneceu por pouco tempo e alegou precisar descansar. “Eu velei meu filho sozinha. Ele ficou no cemitério por apenas uma hora e foi embora”, contou ela, lamentando a falta de apoio.

Outro ponto que gerou indignação foi a suposta celebração do cantor pelo aumento de seguidores nas redes sociais após a morte do filho. Segundo Rogéria, J. Neto demonstrou insensibilidade ao tratar a tragédia como algo que ampliou sua visibilidade pública.

“Ele vive uma vida promíscua e não tem temor a Deus. Decidi falar isso agora porque perdi o que eu tinha de mais precioso”, desabafou a mãe, que também é mãe de outra filha de 24 anos com o cantor.

A morte de Miguel trouxe à tona não apenas a dor de uma família, mas também a necessidade de refletir sobre o impacto de relações familiares complicadas na saúde mental de jovens.

“Vamos parar de hipocrisia, né? Cantar, enganar o povo, chega! Estamos chegando ao fim dos tempos, estamos vivendo o apocalipse, nada mais do que isso. E não adianta dizer que vai pro céu, pro inferno, porque o inferno é aqui aonde a gente está vivendo”, acrescentou ela.

O caso destaca a importância do diálogo, do suporte emocional e da presença ativa de pais na vida dos filhos, questões que vão muito além do amparo financeiro.