Manda quem pode: Michelle Bolsonaro decide quem pode ou não visitar o ex-presidente em hospital

Bolsoaro foi submetido a uma intervenção cirúrgica de grante porte.

O acompanhamento médico intensivo de figuras públicas em momentos de crise de saúde costuma gerar forte interesse popular e mobilização em torno de medidas de preservação do bem-estar do paciente.

Internações prolongadas, especialmente em unidades de terapia intensiva, exigem cuidados rigorosos e restrições que muitas vezes se chocam com agendas políticas ou expectativas de aliados próximos.

É o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que permanece internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, desde a noite de sábado. Ele foi transferido da capital potiguar após apresentar um quadro grave de suboclusão intestinal, que exigiu atendimento emergencial durante compromissos no interior do Rio Grande do Norte.

De acordo com os médicos, o episódio foi o mais crítico desde a facada sofrida por Bolsonaro em 2018, embora seu estado atual seja estável. Segundo os profissionais responsáveis pelo caso, o ex-presidente está acordado, comunicativo e chegou a fazer brincadeiras com a equipe médica, o que foi interpretado como um sinal positivo de recuperação.

No entanto, a recomendação é de repouso absoluto. Por isso, visitas seguem limitadas exclusivamente aos familiares, conforme acordo entre a equipe médica e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A justificativa é que o ex-presidente costuma ser bastante falante e sociável, e o silêncio e tranquilidade são fundamentais neste estágio do tratamento. A transferência para o quarto ainda não tem data definida.

Os médicos informaram que essa mudança dependerá da evolução clínica nas próximas horas ou dias, e que será feita apenas quando houver plena segurança. Também foi iniciada a fisioterapia como parte do processo de reabilitação.

O caso chama atenção não apenas pelo envolvimento de uma figura política de grande visibilidade, mas também por evidenciar a gravidade de sequelas intestinais decorrentes de episódios anteriores.

A equipe médica reforça que o foco agora é garantir a recuperação integral antes de qualquer retorno às atividades públicas. Não há previsão de alta hospitalar para o ex-presidente.