Alexandre de Moraes assinou despacho nessa terça.
Na tarde desta terça-feira (26/11), foi confirmada a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em derrubar o sigilo do inquérito contra o golpe, como ficou conhecido o inquérito da Polícia Federal sobre os eventos que sucederam as eleições de 2022.
Com a decisão do ministro, as informações do documento deixam de ser protegidas. Com isso, a tendência é que a imprensa, por exemplo, tenha a oportunidade de analisar os dados levantados pela investigação, que começou desde 2023.
Moraes retirou o sigilo do inquérito, mas manteve o sigilo sobre a delação premiada do coronel Mauro Barbosa Cid. As informações oferecidas pelo coronel, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, foram importantes para a investigação.
Além da quebra do sigilo, Moraes também encaminhou o relatório a Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento agora será avaliado pela PGR, que pode ou não prestar denuncia, de acordo com sua própria análise.
Ao G1, fontes da PGR já adiantaram que as denúncias só devem começar efetivamente no ano que vem, a partir de fevereiro. O motivo disso seria, principalmente, o tamanho do relatório – que tem cerca de 900 páginas.
Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas pela polícia federal. Na lista, estão nomes que chamam a atenção como o do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ex-ministros de seu governo e outros aliados. Na lista, também chamam a atenção a quantidade de nomes de militares citados no processo.